O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), por ter supostamente apresentado notas fiscais frias na tentativa de negar que teve despesas pagas por lobista.
O episódio, ocorrido em 2007, fez Renan renunciar à presidência do Senado para evitar a cassação. Este ano, ele é novamente candidato ao cargo. A eleição será sexta-feira, dia 1º. Até o momento, é o franco favorito para ser eleito.
A acusação foi apresentada na sexta-feira. A entrega da denúncia foi confirmada no último fim de semana pela assessoria de Roberto Gurgel. Como o inquérito tramita sob segredo de Justiça, a Procuradoria não irá informar quais os crimes foram imputados ao senador.
O caso tramita no STF desde 2007, com relatoria do ministro Ricardo Lewandowski. Desde então, Renan já teve sigilos fiscal e bancário quebrados, por decisão da Corte.
A investigação, porém, estava parada com Gurgel desde abril de 2011, período em que ele não fez mais nenhum pedido ao relator.
A Procuradoria informou que o intervalo (quase dois anos) deve-se ao fato de o inquérito ter milhares de páginas. Além de Gurgel ter priorizado o processo do mensalão ao longo do ano passado.
Efeito político
A denúncia contra Renan, neste momento, poderá ter consequências negativas para seus planos de tentar voltar à presidência do Senado. Foi exatamente por esse caso, em que agora ele é formalmente acusado de ter praticado crime, que ele teve de deixar o cargo em 2007.
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